Título: Porcelana
Autora: Géssica Marques
Páginas: 220
Nota: 3/5
Skoob: Link
Sinopse: Nos corações dos habitantes de Centralia, vivem superstições que só poderiam existir em seus mais profundos pesadelos, ou na sombria floresta que cerca toda a cidade, um fato em que todos temem acreditar. Com a proximidade do Rubrum Luna, a cidade fica agitada com seus novos visitantes, que além de turistas, podem acabar fazendo parte do banquete principal. Com planos de assumir seu tão desejado lugar junto a corte dos vampiros, Violet Demons se depara com seu tenebroso passado, fazendo com que suas habilidades mais sombrias e poderosas venham tomar parte de sua personalidade.
Opinião:
Em porcelana conhecemos Violet Demons descendente do Drácula, ela vive em uma pequena cidade chamada Centralia onde o sol quase não aparece. Ela está se preparando para o festival Rubrum Luna ou Lua da Sangue, mas seus planos meio que desandam quando acontece uma morte e Violet é levada para o castelo do Rei Aaron, que é quem manda nessas criaturas sobrenaturais. Esses seres estão correndo riscos e vão se meter em uma batalha para destruir a pessoa que quer acabar com o equilíbrio.
Violet é uma mulher forte, perigosa e viciada em sexo que vive há muitos séculos. Ela é uma vampira que transforma suas presas em bonecas de porcelanas quando todo o sangue é sugado. Uma mulher que dá medos em muitos e que também é deseja, no começo achei que ela seria muito má mesmo, mas acabei me enganando porque mesmo não parecendo ela ainda se importa com algumas pessoas que são bem próximas dela. Foi uma personagem que mudou no decorrer da história.
Ela tem uma criada vampira chamada Sona que também pode ser considerada sua amiga e Sona sempre está a procura de ajudar sua Senhora, inclusive é uma personagem que não aparenta ser tão perversa, mas ao descobrirmos um pouco sobre seu passado o leitor também pode ver o que a criada pode fazer.
Além de uma parte sobre o passado de Sona também aparece em vários capítulos sobre o que aconteceu com Violet quando era apenas uma criança e que está relacionado com a grande vilã da história e que por sinal foi um personagem que foi comendo pelas beiradas até ganhar todo o destaque que queria.
Bom passei um bom tempo tentando começar essa resenha e não conseguia, por isso corre o risco dela não sair tão boa assim, já que cada detalhe contribui para história então o risco de spoiler poderia ser grande, para evitar isso tentei resumir ao máximo.
A história em si é interessante e eu curti a leitura pois achei essa coisa dos vampiros transformarem suas presas em bonecas de porcelana bem original, fora isso possui elementos que já vimos em outras histórias, vampiros tentando não serem descobertos por humanos, batalhas que por sinal essa do livro foi melhor que a de Crepúsculo (não estou comparando as histórias) e vingança.
Uma coisa que achei legal é que a história se passa entre 1880 onde não existia tecnologia e mesmo assim os vampiros eram bem mais evoluídos que os humanos, mas nem todos eram imortais, eles viviam por muitos séculos, mas também poderiam ser mortos com uma facilidade maior, fora que eles sentiam dor e se machucavam muito.
Esse livro não é recomendado para menores de 18 anos, por conta das cenas de sexo, fora que a personagem era meio que sadomasoquismo, mas o foco da história acaba não sendo esse, sim possui várias cenas, mas não são tantas como em outros livros, esse desenvolve uma história pela busca do poder por parte de alguns personagens e a vingança por parte de outros.
Uma coisa que gostei e que não deixou a história cansativa foi os capítulos curtos que o livro possui, muitas vezes livros com capítulos muito longos ainda mais com esse tipo de história se tornam cansativos.
Sobre a edição cada capitulo começa com uma página preta com fonte branca e o resto dos capítulos possuem páginas brancas, mas não tive problema nenhum em ler. Achei a edição bonita. Já ia esquecendo o livro terminou com final aberto então creio que ele irá ter continuação.
"Bonecas de porcelana, estranhas com diferentes tipos de cabelos e roupas, no entanto havia algo de similar entre todas elas, no lugar dos olhos e da boca havia apenas um riscado vermelho, como se a pessoa que as criou ficasse com raiva do resultado e simplesmente riscasse um X enorme onde deveria ficar os olhos e a boca."
"Ele olhava profundamente no olhos azuis sem vida, sabendo que ali dentro ainda poderia encontrar algum sentimento, mesmo que este não fosse agradá-lo."